1. À beça
Originalmente escrita “à bessa”, a expressão vem da fama de argumentador do jurista Gumercindo Bessa, advogado dos acreanos que não queriam que o território fosse incorporado ao Amazonas. Rui Barbosa estava na ação oposta, defendendo a unificação dos dois estados. Bessa apresentou argumentos tão relevantes que se tornou respeitável no meio. Assim, começou-se a usar a expressão “à Bessa” (à moda do Bessa), que com o tempo perdeu a maiúscula e teve mudada sua ortografia.
2. Melindrosa
É bastante conhecido o vestidinho de cintura baixa e longas franjas em festas à fantasia ou de época. Mas a origem do termo vem da canção “Mimosa”, de Leopoldo Fróes, cuja passagem “Mimosa! Mimosa! És tão bonita e melindrosa! Tens o encanto de uma rosa! Mimosa!” ficou tão popular que passou-se a chamar “melindrosa” as mulheres que andavam sempre arrumadas e na moda nos anos 1920.
3. Dia D
O Dia D mais famoso da História se deu em 6 de junho de 1944, data do desembarque das forças norte-americanas na praia da Normandia, na França, a fim de livrar a Europa da ocupação nazista na Segunda Guerra Mundial. É conhecido como o dia crucial, a data de realização do evento após a aprovação final pelos militares. No jargão militar leva em consideração tanto os preparativos para o início da operação quanto as consequências. Como é difícil e inseguro divulgar uma data específica para colocar os planos em prática, o termo “Dia D” acabou ganhando popularidade no meio militar e, por isso, outras operações ganharam letras diferentes.
4. Almofadinha
Sinônimo de janota, o termo é usado para designar rapazes que se vestem afetadamente. Antigamente, era o nome dado aos jovens elegantes que usavam paletós acintados e calças de boca estreita logo após a Primeira Guerra. No entanto, a expressão só foi ganhar popularidade quando surgiu um concurso em Petrópolis no qual ganhava o rapaz (geralmente efeminado) que bordasse e pintasse a mais bela… almofada.
5. Sair o tiro pela culatra
A expressão significa que algo saiu do contrário que se planejava. Na gíria dos soldados, culatra é o bolso traseiro da calça, ou as própria nádegas, onde às vezes carregavam a arma.
6. Don Juan
Difícil saber a verdadeira história do personagem Don Juan devido às diversas adaptações. A lenda mais conhecida descreve Don Juan como um sedutor que estuprou e matou uma jovem de classe nobre na Espanha e também assassinou seu pai. No cemitério, encontrou a estátua do pai e convidou-a para um jantar. Quando ela o cumprimentou, acabou sendo arrastado para o inferno. Hoje, ser um Don Juan é o mesmo que ser um conquistador, um libertino — e pode tanto ser um elogio quanto uma crítica.
7. Figurinha difícil
Pessoa difícil de ser encontrada, reclusa ou intempestiva. A origem da expressão vem dos prêmios oferecidos em bombons, brinquedos etc. dirigidos principalmente ao público infantil, a fim de completar álbuns de figuras. Para forçar a venda, algumas figurinhas raramente apareciam, enquanto as demais se repetem bastante (daí também o termo “figurinha fácil”).
8. Amigo da onça
É o amigo traidor, inconveniente ou maldoso. A expressão nasce da história de um caçador mentiroso, que, acuado por uma onça, sem meios de fugir ou se defender, deu um grito tão alto que o bicho fugiu, com medo. No entanto, um amigo que ouvia a história contada diz que aquilo era impossível de ter acontecido e que certamente o caçador seria devorado, ao que o mentiroso pergunta: “Afinal, você é meu amigo ou amigo da onça?”
9. Tintim por tintim
Não confundir com tim-tim, a expressão que saúda algum desejo ou evento no bater de taças. Antiga expressão portuguesa, significa pagar moeda por moeda, nem a mais nem a menos — “tim” é o som que as moedas fazem no bolso ao bater umas nas outras.
10. Tomar uma xumbrega
Ou ficar embriagado, como é mais comum. A expressão vem do nome do soldado mercenário Friedrich Hermann von Schomberg, que depois virou o Duque de Schomberg, com direito a assento na Câmara dos Lordes na Inglaterra. Como era beberrão, passou-se a dizer “tomar uma Schomberg”, e por deturpação uma xumbrega, aos que bebiam demais. Em Lisboa, os bigodes aparados a tesoura foram também chamados “chumberga”, à moda de von Schomberg.
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